Projeto Memorias

quarta-feira, 11 de março de 2015

CHARLES PERRAULT



Charles Perrault (1628-1703)
Nasceu em Paris a 12 de janeiro de 1628 e faleceu na mesma cidade a 16 de maio de 1703. Escritor e poeta, é considerado o “inventor” do gênero contos de fadas, além de ter sido o primeiro autor a dar acabamento literário a esse tipo de literatura, por isso sendo conhecido como o "Pai da Literatura Infantil". Entre as suas histórias mais destacadas estão Le Petit Chaperon rouge (Chapeuzinho Vermelho), La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderella), La Barbe bleue (Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar). Perrault também foi advogado e exerceu algumas atividades como superintendente do Rei Luís XIV de França. Suas histórias trm sido adaptadas para o teatro, o cinema e a televisão, tanto em formato de animação como de ação viva.

Obras: A origem do burlesco, 1649; Diálogo do Amor e da Amizade, 1660; O labirinto de Versalhes, 1670; Contos da Mamãe Ganso, 1697; Memórias da minha vida, 1709.

II -  O TEXTO:
Era uma vez um fidalgo que casara em segundas núpcias com a mulher mais arrogante e  orgulhosa que alguma vez se viu, mãe de duas filhas como ela e iguais como duas gotas  de água. O marido também tinha uma filha, mas esta era doce e boa como a sua mãe,  que fora a melhor pessoa do mundo.
Assim que se casaram, a madrasta mostrou logo que era muito má. Não podia suportar  as boas qualidades da rapariguinha, pois, ao lado dela, as suas filhas pareciam ainda mais antipáticas. Por isso, começou a obrigá-la a fazer os trabalhos domésticos mais  humildes: tratava da cozinha, limpava as escadas, arrumava os quartos da senhora e das  suas filhas; dormia no sótão, num colchão de palha, enquanto as irmãs dormiam em quartos bonitos, com espelhos onde se podiam ver da cabeça aos pés. A pobre menina suportava tudo aquilo com paciência e não se queixava ao pai, porque sabia que ele lhe ralharia.
Quando acabava de limpar a casa, a boa rapariga refugiava-se a um canto da lareira e sentava-se nas cinzas. Por isso chamavam-lhe Gata Borralheira. Esta, porém, com os seus pobres vestidinhos, era cem vezes mais bonita do que as suas meias-irmãs que, no entanto, se vestiam como grandes senhoras.
PERRAULT, Charles. A Gata Borralheira. Disponível em www.portal-biblon.com

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