Projeto Memorias

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

BELLA PINTO



BELLA PINTO (Bella Pinto de Sousa) é paraense nascida em Óbidos, no Baixo Amazonas, Estado do Pará, em 18 de janeiro de 1958.  Saiu de sua cidade natal aos dez anos de idade, vindo para Belém. Na capital do Pará se graduou, sucessivamente, em áreas distintas, além de ter feito diversos cursos de aperfeiçoamento profissional: bacharelado em Ciências Contábeis e a licenciatura plena em Pedagogia: Didática e Fundamentos da Educação, Administração Escolar, Orientação Educacional, Supervisão Escolar, Aperfeiçoamento em Administração de Projetos Culturais – FGV.

Iniciou no Museu Paraense Emílio Goeldi seus trabalhos na área da Pedagogia. Como bolsista do CNPq elaborou material de difusão científica, entre os quais se destacam: “A Árvore Falante”; “Peixe e Pesca no Pará”; “Domingos Soares Ferreira Penna: sua contribuição para o conhecimento da Amazônia”; “O Negro no Brasil”; “Dia de Índio”; “Trabalhadores do Mar” e “Ver-o-Peso: embarcações artesanais da Amazônia”. Atualmente exerce a função de Técnica em Educação na Fundação Cultural Tancredo Neves, sendo responsável pela Gerência de Promoção Editorial (GPED).

Na Literatura regional, com seu modo singular e acessível de narrar e levar ao alcance de todos os leitores a informação, em livros que nos remetem à cultura amazônica, suas lendas, seus costumes, Bella Pinto acumula diversos títulos infantojuvenis: “Cachimbinho: um menino da Amazônia”; “Uerê, o pequeno guerreiro Pauxis”; “Amazônia, patrimônio nosso de cada dia”; “O rapto do Curumim”;O valor da amizade”; “A joia do pescador aprendiz”; “A menina e a fofolete azul”; “Um anjo que por aqui passou”; “Um caboclo enrolado, um jumento empacado, um cachorro aloprado”; “Aventuras de Thales”.  Algumas dessas obras já foram traduzidas para o Inglês e o Braille.   

Ocupa a cadeira de número 08 na “Academia Artística Literária de Óbidos”, a qual tem como patrono o escritor obidense Idelfonso Guimarães. 

Alfredo Garcia-Bragança



Alfredo Garcia-Bragança (Joaquim Alfredo Guimarães Garcia) é paraense nascido em Bragança em 1961. Desde 1986 o escritor vem construindo sua história na literatura brasileira com livros de contos, poesia e crônicas, além de diversos títulos em literatura infanto-juvenil. Já publicou 30 livros, até dezembro de 2013, sendo dois deles em parceria: “Cidade das Águas” (2004, Paka-Tatu, esgotado) e “Epifanias” (2009, Paka-Tatu), o primeiro com o poeta Ronaldo Franco e o segundo com o contista H.G. Neto, filho de AG-B.

É bacharel em Comunicação Social, especialista em Teoria Literária e Mestre em Estudos Literários ela Universidade Federal do Pará. Desde 1993 mora no município de Ananindeua com sua mulher Gleice, os filhos Alfredo Neto, Frederick Charles e Glenda, além dos cães Barney e Agatha. Multipremiado, o escritor já recebeu elogios de grandes nomes da Literatura Brasileira, como Ignáci o Loyola Brandão, que assim escreveu sobre o livro de contos “O Homem Pelo Avesso”: Li O homem pelo avesso de uma assentada, como diria um amigo meu de Mossoró, o Dorian. Porque é bom de ler, prende, é bem escrito, não tem o ranço de lugares-comuns que, em geral, dominam a produção literária brasileira. Muitos de seus textos são fragmentos propositais (...). São instantes que ficam em nós, daí a sua qualidade de fascínio.”

Já o professor doutor em Letras, Joel Cardos, disse assim no prefácio do livro “Epifanias”: “Alfredo Garcia é detentor de uma prosa originalíssima e o conto, sua praia, constitui-se indubitavelmente na sua marca caracterizadora, o seu ponto alto. As peculiares situações do cotidiano ganham, na pena do autor, uma dimensão que extrapola os convencionais limites do episódico ou do regional. (...) Alfredo Garcia está na plenitude de seu mister artístico. Transita com maestria e segurança nos domínios do conto. Conduz com sedutora habilidade a narrativa, dando-lhe a dimensão exata, quando valoriza, na curta extensão requerida por esse gênero difícil, o efeito único. O seu discurso, num registro preciso, é sempre ágil, fluente e, o mais importante, vem eivado de lirismo.”

José Afrânio Moreira Duarte (1931-2008), escritor e jornalista, autor de “O menino do Parque” e “Fernando Pessoa e os caminhos da solidão”, no prefácio de “O Livro de Eros”, assim se expressou: “Alfredo Garcia (...) sabe muito bem como dizer coisas com características de amplitude, usando apenas as palavras adequadas e necessárias (...). Tem o dom de dizer muito em poucos termos, que usa com maestria, escrevendo sempre de modo tal que dá ao leitor a impressão de estar reencontrando fatos vividos ou testemunhados. (,,,) É um autor que, normalmente, tem o que dizer e sabe muito bem a forma de fazê-lo”.









Livros publicados (1990-2014)

POESIA: “Primeira Pessoa & Outros Poemas” (1996, esgotado); “Frutos Diáfanos” (2014).

PROSA:  Contos - “O Homem Pelo Avesso” (1993; 2ª edição, 2013); “Meninos & Meninas” (1994, esgotado); “Memórias do Quintal” (1995; 2a  edição, Paka-Tatu, 2002); “O Livro de Eros” (1ª edição, 1998; 2ª edição, 2001; esgotado); “Contos do Amor Em Flor”(1999, 2ª edição, 2001, 3ª edição, 2008 – vendidos mais de 6.500 livros para a Prefeitura Municipal de São Paulo); “O homem pelo avesso & outras histórias estranhas” (2000, esgotado); “Aqueles meninos que fomos” (2007, esgotado); “Era um menino que apontava estrelas” (2010, esgotado); “Barca Barroca” (2011, esgotado); “Impossível Chão” (2013).

Crônicas - O cachorro terrorista” (2005, esgotado); “Barney, eu & outros bichos” (2008, esgotado); “Porandubas” (2011, esgotado); “O cachorro terrorista” (2011, esgotado)

Outros: Coletâneas - “Cidade das Águas”  (2004, com Ronaldo Franco); “Epifanias” (Contos, 2009, com H.G. Neto); “Gitos” (Poesia & Prosa, 2012); “Benquerenças” (Poesia & Prosa, 2013).

E-book - “Contwitters” (2011), disponível em http://paginanua.wordpress.com

Infantis - “Quem viu o meu Soninho?” (1ª edição, 1990; 3ª edição, 2001; 4ª edição, 2013); “O menino que buscava azuis” (1991, esgotado); “Clarinha e o Pé-de-Vento” (1992; 2ª edição, 2004, esgotado); “O Livrinho das Perguntas” (1994; 2ª edição, 2001, esgotado); “Quando Um Não Quer, Dois Não Brigam” (1994; 2ª edição, 1996; 3ª edição, 1999; 4ª edição, 2003); “O que é, o que é? Adivinhe se puder!” (1996; 2ª edição, 1998; 3ª edição, 2002; 4ª edição, 2013); “Bebel, o bebê” (2012, esgotado); “Chove Chuva – 12 poemas molhados e uma canção ensolarada” (2013); “Trovérbios” (2013); “Pra lá do arco-íris” (2013)

Amaury Braga Dantas



Amaury Braga Dantas, nasceu em Belém a 30 de junho de 1958. É escritor, médico e professor .

Estudou no grupo Escolar Barão do Rio Branco e no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré. Ganhou menção honrosa da Academia Paraense de Letras em 1980 e 1981, respectivamente, com "Um Pouco de Poesia" e "Contos do Cupuaçu", no concurso Samuel Mac Dowell. Obteve menção honrosa da União Brasileira de Escritores, no Concurso Nacional de Poesias com "Da Tristíssima Notícia", em 1982.

Em 1984 é publicado seu primeiro livro "Um, Dois, Três... Era Uma Vez" pela gráfica Falangola, numa promoção da Secretaria de Cultura do Pará. Em 1997 é premiado no III concurso Roche de Literatura com o conto infantil "A Grande Boca da Cobra Grande", publicado com ilustrações de Paulo Caruso. Em 1998 sai primeiro romance "Anjos da Escuridão". Em 2004 publica, juntamente com o parceiro e amigo Eduardo Brandão, "Encantos e Encantamentos em Uma Ilha do Rio‐mar", homenagem ao Mosqueiro. "Cidades", o segundo romance, foi publicado em 2005. O mais recente romance do escritor chama-se “Maria Fumaça” e saiu em 2012.

ANDERSEN MEDEIROS



ANDERSEN MEDEIROS (Adalberto Fernandes de Medeiros Branco Junior) nasceu em Belém do Pará no dia 7 de dezembro de 1971, filho de Adalberto Fernandes de Medeiros Branco e Letícia de Mesquita Branco. É professor de Língua Portuguesa em escolas públicas e especialista em Língua e Literatura pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Um dos seus livros que mais desperta a atenção do público infanto-juvenil é “A lenda da chuva vespertina de Belém”, premiado pelo Instituto de Artes de Belém (IAP) em 2002 e que, até 2013, já alcançara a marca de cinco edições. O site de notícias “Agência Pará”, em janeiro de 2012, assim resumiu este livro: “ (…) a história de uma pequena confusão entre o sol e a chuva, disputando espaço e o reinado absoluto do céu da capital paraense. No desenrolar da história, eles descobrem que há espaço para os dois e que ambos são importantes. Assim, ficam estabelecidos o horário para que o sol reine e esquente a cidade e depois, o da chuva que desce para resfriar o inclemente calor amazônico”.



LIVROS PUBLICADOS

PROSAInfantojuvenis - “O ratinho e a cadela”; “A lenda da chuva vespertina de Belém” (2002); “Mapinguari: o guardião do Meio Ambiente” (2004);  “Anani, árvore que chora” (2012).

ANTÔNIO JURACI SIQUEIRA


ANTÔNIO JURACI SIQUEIRA (Antônio Juraci Almeida Siqueira) é paraense, nascido na localidade de Cajary, município de Afuá, no estado do Pará, em 28 de outubro de 1948. Poeta, contista e autor de títulos infantojuvenis, Antônio Juraci também trabalha como professor de Filosofia da rede pública estadual de ensino, estando atualmente lotado como técnico no Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares – SIEBE/ SEDUC.

É detentor de mais de 200 prêmios em sua caminhada pela Literatura. Entre estes podemos destacar: Vencedor do I Concurso Literário de Temática Regional, gênero poesia, com o livro Piracema de Sonhos (Secdet, 1985); vencedor do I Concurso CATA de Literatura - Poesia (sem data);  vencedor do II Concurso CATA de Literatura – Contos (sem data); vencedor do Edital de Literatura Infanto-Juvenil da Secult, 2008, selo “Imagina Só!”, com o livro sobre a fauna Amazônia para crianças, “Paca, Tatu, Cutia não!”; vencedor do Edital de Música da Secult, edição 2009, com “Que Ritmo é Esse, Juraci?”; vencedor do Prêmio IAP de Edições Culturais em Literatura de Cordel, 2010; vencedor do prêmio Edição “Patativa do Assaré” de Literatura de Cordel, Funarte, 2010.

Autor de muitos livros, destaca-se na extensa produção de Antônio Juraci os livros de Poesia e aqueles voltados para o público jovem, a saber: “Verde Canto” (1981), “Travesseiro de Pedra” (1986), “Piracema de Sonhos” (1987), “Canto Caboclo” (2008), “Incêndios e naufrágios” (2008), estes em Poesia; “Paca, Tatu; cutia não!” (2008), “O Bicho Folharal” (2013), “O menino que ouvia estrelas e se sonhava canoeiro” (2010), “O chapéu do boto” (2013), “Com amor e devoção” (2013).

Sobre os textos de Antônio Juraci Siqueira já comentaram diversos críticos:



“Antonio Juraci Siqueira não é apenas um poeta regional, no sentido amesquinhado do termo. Ao beber da água pura e cristalina que brota do fundo dos tempos e das tradições amazônicas, o artesão de sonhos Antonio Juraci Siqueira - o boto de nossas letras - utiliza-se do código universal da poesia, seduzindo corações e mentes do mundo inteiro.”

                                                                                                          Nicodemos Sena - São Paulo

***

“Recebi o Piracema de Sonhos, apanhados numa rede belamente tecida, malha de fios de Ariadne, ou melhor, cabelos de Iara... que você canta o que é nosso, nosso chão e nossas coisas, nossas ânsias e abundâncias. Quisera pegar uma cambada em cada mão, empunhar pro alto e mostrar pra essa malta de arrivistas semicultos, que maltratam essa terra, que a peixeira do caboclo é tão firme e tão poderosa como a lança guerreira de Dom Quixote. E enfrentar numerosíssimos e poderosíssimos exércitos com uma cambada em cada mão, recitando, por exemplo, estes versos:

                                                           Eu tenho mil irmãos e todos eles

                                                           conhecem o corpo e a alma deste chão.”

                                                                                                                 Vicente Salles - Brasília – DF

***

“Seu texto alonga-se em versos que se assemelham a um jorro volumoso d’água, correndo em cascata, subindo com as marés. De tal maneira flui o seu poema, contando o drama das  gentes, os marulhos e o lamento ancestral, que não é possível permanecer isento diante de sua palavra desbragada, mas que ao mesmo tempo apresenta saldos precisos neste inconter-se, neste desmedir-se e alternar-se entre o verso jorrante e a organização verbal.”

                                  

                                                                                                        Reivaldo Vinas - Belém / PA



 ***

Piracema de Sonhos já indica a característica regional da poética aí registrada. Centelhas da inspiração. Absorção rítmica de fatos, lendas, mitos; vocabulário típico. Amazoniza-se a poesia no rendado do verso. O autor sabe dizer, sabe seduzir o leitor. Encanta-se em Construtor de Sonhos, sentimentaliza-se em Caminheiro Real, universaliza-se em Calidoscópio, fataliza-se em Águas de Março, sempre com mestria, cadência de rede, vozes do coração.”

                                                                                            Abguar Bastos - São Paulo / SP

***

“Antonio Juraci Siqueira é um dos mais importantes trovadores do Brasil. É pela trova que seu talento se expressa de modo peculiar e original. Todavia, o poeta encontra, em outras formas poéticas, meio e finalidade de sua expressão, sem nunca no entanto, perder a simplicidade de expressão e clareza na forma.”

                                                                                     João de Jesus Paes Loureiro